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Tenho um amigo que sempre me falava que eu precisava sair mais de casa, mais do escritório para ver o mundo.

Então, hoje decidi sair não pelo motivo nobre que o meu amigo me falava. Saí pelo meu egoísmo, saí para comprar cigarro; para ser honesto dois pacotes de cigarro.

Abrindo o portão de casa, descia um homem com um isopor de quentinhas em sua cabeça, e cantava, bem alto, um hino de igreja. E eu com a maior arrogância do mundo e prepotência que me tomava naquele momento. Pensei:

Cara, você não precisa cantar alto a música para se convencer no que você acredita, basta entender o que você acredita e sente.

Mas não imaginava que teria uma lição de vida para a minha prepotência.

Ao virar a rua, alguns metros a frente, próximo a uma lata de lixo. O tal homem parou, se abaixou, pegou uma quentinha e deu a alguém que estava ao lado da lata de lixo. Apertei o passo, dei uma corridinha e não pude deixar de fazer a seguinte pergunta:

Cara porque deu a quentinha para ele?

Tinha certeza que teria qualquer resposta menos a que ele me deu. Ele me olhou, riu e respondeu com seu português “errado”:

Eu sempre saio com algumas poucas quentinhas a mais.
Sei que há pessoas que passam pelo que eu passei. Então, sempre trago algumas a mais para dar.

 

Que tapa na minha empáfia!

Eu costumo passar naquele local, já vi aquela pessoa. Mas nunca! Em momento algum! Eu dei um segundo da minha vida para aquela pessoa.
Minto! Já havia falado com ele reclamando por ele me pedir cigarro. Como eu percebi que era pobre e o quanto tenho que aprender e o quanto eu tenho que entender!

Beijos e Abraços,

Junior Leal e Susy Leal
Casal Leal
sexocomcafe.com.br